O Instituto Poíesis é um espaço criado para acolher projetos nas áreas de arte, filosofia e educação em suas mais amplas e possíveis interações, com o objetivo de vivenciar o processo criativo. O instituto privilegia o jardim como espaço primordial para a ocorrência da ação criadora. Jardim como lugar de impermanência, de cultivação e apreciação, de errância e magia, onde a fruição permite o restabelecimento do tempo real das coisas.

Este primeiro projeto, Filosofia no Jardim, foi desenvolvido para o atendimento individual de crianças, adolescentes, jovens e adultos interessados em conhecer o processo filosófico, com o objetivo de despertar e exercitar o potencial criativo e desenvolver um olhar crítico sobre a realidade das coisas. Para tanto o projeto propõe um diálogo a partir do jardim e da filosofia interagindo com várias linguagens como a poesia, jardinagem, literatura, música, culinária, tear, cerâmica, bordado, crochê, tricô, desenho, colagem e dobradura. Introduzindo o conceito de tempo, proporcionando experiências, acessando memórias e reunindo o indivíduo à natureza, fortalecendo suas escolhas e estimulando as habilidades práticas.

Além do Projeto Filosofia no Jardim, ofereceremos cursos de grego clássico, curso de latim clássico, palestras, grupos de estudos, encontros para discussões temáticas, exposições, dinâmicas de grupos, oficinas e saraus.

domingo, 30 de outubro de 2011

Dádiva

A vida não é só isso
Ela é muito mais
Felizes os que vêem
Além das aparências

quarta-feira, 26 de outubro de 2011

Sol

O mesmo sol
Que ofusca o nosso olhar
Desvenda os mistérios
E as belezas internas
E as faz transbordar

terça-feira, 25 de outubro de 2011

Caos

Mergulhar no caos
E não morrer de medo
Retornar
A sobrevivência é fato
A morte não chega na véspera
A vida espera ansiosa
A mudança acontece
Trazendo o novo
Com surpresas e descobertas

segunda-feira, 24 de outubro de 2011

Incontrolável

O estardalhaço interno sufocava
E incoerente destoava
Do externo arrumado
Em etiquetas de se comportar
O incontrolável é testado
E amedrontado decide
Melhor aqui fora, normal
Do que lá dentro no hospício
Fingir para os tolos é perdoável
Só não confunda a si mesmo
Seja leal

domingo, 23 de outubro de 2011

Marcas

Medonho o tempo que passa
E não deixa marcas
Infelizes daqueles
Que ao invés de viver
Preocupam-se com elas
As profundas, se têm
Cicatrizam-se
De dentro para fora
As superficiais
Esvaem-se ao vento
As indeléveis
Guardam sabores no corpo
Não as levem a sério
Vivam e contem
Suas histórias

sábado, 22 de outubro de 2011

Mergulho

Junto lembranças
E já não recordo mais
Os fatos escorrem
E saem rolando
Escadas em caracóis
Em profundidade
Ainda espio o precipício
Não temo o vento
Em meus cabelos
Balanço e serena
Mergulho em espiral

sexta-feira, 21 de outubro de 2011

Passagem

Era um vento que passava
Não era um curso
Nem um desvio
Uma passagem
Numa paisagem
Primaveril

quinta-feira, 20 de outubro de 2011

Poesia

Quando escrevo
Sinto o mundo paralisar
Não por vaidade ou orgulho
Simplesmente para me ouvir falar

quarta-feira, 19 de outubro de 2011

O corpo

O corpo mostra em sinais os sintomas
A poesia corre nas veias e derrama
Em dor unilateral
Alternando em turnos taciturnos
A inércia transborda
Em melancolia latente
Mascara o sentir
E o agir estanca paralisado

terça-feira, 18 de outubro de 2011

Cura

A doença se aproxima da vida
E espanta
A morte é certa
E não se mostra
A cura é momentânea
O curador é herói

segunda-feira, 17 de outubro de 2011

Amor

Aceitar o óbvio
É apenas aceitar o óbvio
Aceitar o indizível
É apenas aceitar o indizível
Porém, aceitar os sentimentos
Desejos e ações decorrentes
É amor demais

domingo, 16 de outubro de 2011

O tempo

O tempo tão breve
Correndo em montanhas
Vento nos cabelos
Tão longo
Caído em valas
Rosto ao chão
Tão breve
Bater de asas
Imensidão
Tão longo
Cerrar de olhos
Decepção
Tão breve
Boiar nas águas
Mansidão
Tão longo 
Arder o peito
Paixão
Tão breve
O tempo
O chão

sábado, 15 de outubro de 2011

Amizade

Image and video hosting by TinyPicEu preciso de amigos
Mais do que amigos
Eu preciso de certezas
Mais do que certezas
Eu preciso de provas
E provas nada têm a ver
Com o inevitável