O Instituto Poíesis é um espaço criado para acolher projetos nas áreas de arte, filosofia e educação em suas mais amplas e possíveis interações, com o objetivo de vivenciar o processo criativo. O instituto privilegia o jardim como espaço primordial para a ocorrência da ação criadora. Jardim como lugar de impermanência, de cultivação e apreciação, de errância e magia, onde a fruição permite o restabelecimento do tempo real das coisas.

Este primeiro projeto, Filosofia no Jardim, foi desenvolvido para o atendimento individual de crianças, adolescentes, jovens e adultos interessados em conhecer o processo filosófico, com o objetivo de despertar e exercitar o potencial criativo e desenvolver um olhar crítico sobre a realidade das coisas. Para tanto o projeto propõe um diálogo a partir do jardim e da filosofia interagindo com várias linguagens como a poesia, jardinagem, literatura, música, culinária, tear, cerâmica, bordado, crochê, tricô, desenho, colagem e dobradura. Introduzindo o conceito de tempo, proporcionando experiências, acessando memórias e reunindo o indivíduo à natureza, fortalecendo suas escolhas e estimulando as habilidades práticas.

Além do Projeto Filosofia no Jardim, ofereceremos cursos de grego clássico, curso de latim clássico, palestras, grupos de estudos, encontros para discussões temáticas, exposições, dinâmicas de grupos, oficinas e saraus.

domingo, 22 de janeiro de 2012

Iaro

Iniciante de uma fase
Acalentou meu despertar
Recordando a travessia
Olho tudo a me calar

Hoje posso afirmar
Inesquecível é o teu olhar
Ombro amigo hás de achar
Neste sempre a esperar

Inigualável é o teu sorriso
Embelezando o meu viver
Deste modo só me resta
Amar-te cada vez mais

domingo, 15 de janeiro de 2012

Enzo

Enredar por teus caminhos
Nesta trilha a te encontrar
Zelando por teus despojos
Ouço sempre o teu clamar


Harmonia a procurar
Instaurando suas questões
Onde a verdade é fixada
Não prosperam reflexões


Imaginação é fecunda 
Emana teu ser autêntico
Desvendando teus mistérios
Aumentando tuas crenças

sexta-feira, 13 de janeiro de 2012

Força


A mudança é como o vento
Que obedece a corrente
Sacode e levanta
Os que compactuam seu peso
Com a força exercida
Após ventania
Algo arrancado moveu-se
E outros permaneceram
Por limitações de bagagem
E peso exercido no ar

quinta-feira, 12 de janeiro de 2012

Sentidos

O peito apertava em silêncio
Não era claro o vazio abafado
Olhando lá fora o ar tão palpável
Sabia o frio que me gelava a alma
Sabia a luz que me acalmava o olhar
Sabia os cheiros que me diziam
Vastidão de desejos
Sabia os sons variados
Que me chegavam ao ouvido
Sabia o gosto amargo na boca
E buscava as lembranças
Do doce sabor da vida
Que me fugiam em contato
Com o retorno ao meu eu
Abafado e calado
Pela simples ignorância de mim

quarta-feira, 11 de janeiro de 2012

Gazânia II

Guardada as diferenças
Armazenam beleza única e universal
Zumbidos enlouquecidos pela doçura e leveza
Alvoroçam a algazarra festiva de banquete e saciar
Num novo canto de diversidade
Ignoram a forma de ocupar o lugar
Arrematados em detalhes de singular admiração

terça-feira, 10 de janeiro de 2012

Vida

Linda, inteligente
Sensível e meiga
Ela caminha pela corda
Esticada e trêmula
Os espaços estão tensos
E ela não pára, caminha
As pedras atiradas
As palavras proferidas
E a oportunidade perdida
Ficam e fazem ecos
Na eternidade
E ela não pára, caminha
Caminha e cria espaços
Leves e simples
Caminha e cria espaços
Belos e suaves
Caminha e cria
Uma doce vida
Caminha e cria só
Mas, caminha e cria, sempre