O Instituto Poíesis é um espaço criado para acolher projetos nas áreas de arte, filosofia e educação em suas mais amplas e possíveis interações, com o objetivo de vivenciar o processo criativo. O instituto privilegia o jardim como espaço primordial para a ocorrência da ação criadora. Jardim como lugar de impermanência, de cultivação e apreciação, de errância e magia, onde a fruição permite o restabelecimento do tempo real das coisas.

Este primeiro projeto, Filosofia no Jardim, foi desenvolvido para o atendimento individual de crianças, adolescentes, jovens e adultos interessados em conhecer o processo filosófico, com o objetivo de despertar e exercitar o potencial criativo e desenvolver um olhar crítico sobre a realidade das coisas. Para tanto o projeto propõe um diálogo a partir do jardim e da filosofia interagindo com várias linguagens como a poesia, jardinagem, literatura, música, culinária, tear, cerâmica, bordado, crochê, tricô, desenho, colagem e dobradura. Introduzindo o conceito de tempo, proporcionando experiências, acessando memórias e reunindo o indivíduo à natureza, fortalecendo suas escolhas e estimulando as habilidades práticas.

Além do Projeto Filosofia no Jardim, ofereceremos cursos de grego clássico, curso de latim clássico, palestras, grupos de estudos, encontros para discussões temáticas, exposições, dinâmicas de grupos, oficinas e saraus.

quinta-feira, 15 de dezembro de 2011

Vigília


Por minutos, horas, segundos
Espero o teu despertar
Dormindo calmo
Permanece despercebido
A vigília reconhece
Não é tranqüilo sonhar



terça-feira, 13 de dezembro de 2011

Fênix

Poderia armazenar
Centenas de pensamentos
E não dizê-los
Juntar incessante
União de forças
E não agir
Prender os sentimentos
E virar zumbi
No entanto a carne
Os ossos, músculos e órgãos
Coexistem
E estão vivos
Pulsam e exigem a vida
Infelizmente
“Correr e crescer
ao mesmo tempo
é só para crianças”
Desestabilizo
Respiro
E atuo
Queimo até às cinzas
E renasço como a Fênix
No olho do furacão
Permaneço intocável
Amalgamo-me nele
E sou o próprio movimento
Apesar da aparente
Paralisação

quarta-feira, 7 de dezembro de 2011

Flash

Há um desvendar no ar
De belezas exóticas e indefiníveis
Quero apreender e tocar
O que me é permitido
Aceito o sagrado            
E recebo as divindades
Acolho as diferenças e os erros
Sempre é tempo de crescer
E amadurecer
Os ciclos e oscilações
São espaços ritmados
E incontroláveis
Como a química
Que move as paixões
Reverencio e aplaudo
A atuação
E encontro paz instantânea
E por um segundo
Como num flash
Sou feliz



terça-feira, 6 de dezembro de 2011

Fogo

Aquecer os laços
Semeando fogueira
E celebração
O ritual é simbólico
Impregnado de cotidiano
E amenidades factuais
O corpo tomado
Por elementos naturais
Relembra
A alma é fogo
Que aquece a terra
Água e ar
Somos a mistura
Matéria e energia
A forma é só para
Confundir